Soneto do Canalha Infiel

Boemia é uma festa que se participa sem se ver

É balada que dura e não se sente

É um ecstasy descontente

É o busão que passa sem ninguém perceber

Quero freqüentá-lo em cada bão momento

E em bombeirinho hei de me espalhar num canto

E beber meu vinho tropeçar no ranço

E a ti não chifrar, em meu tormento

Ah, e quanto mais tarde no bar me procure

Da lei do psiu, angústia de quem bebe

Cirrose, angústia de quem morre

Eu possa dizer dos amigos que tive no posto,

que sejam eternos

Enquanto bebam

O Teatro dos Mortos

A vida é uma peça de um único ato.
Atores vivos vão morrendo aos poucos, sem ter chance de ensaiar.
O cenário brilhante vai escurecendo, sem ter coxia pra se esconder.
Não dá pra ficar muito tempo em cena. Não dá pra refazer, palavras que vão não podem retornar. São palavras ditas, grifadas no caderno livro do destino e que não podem, jamais, ser apagadas. Elas ficam lá, olhando pro enunciador, procurando um enunciado.
Só que elas se explicam. Só que elas estão no roteiro, com marcações específicas, de momentos exatos, onde, há uma semana atrás, não estavam.
Elas são assim porque a vida é o ato único duma peça sem ensaio.
Elas são assim porque os mortos, metidos a atores vivos, não se dão ao trabalho de ler.
Elas são assim porque são palavras.
E palavras, vivas, morrem.

O laço do Diabo.

Conta-se que desde há muito que havia lá pras bandas de acolá uma maldição ancestral da qual nunca ninguém soube ao certo definir, mas todos a conheciam como o laço do diabo. Enquanto andava com os anciães em sua terra natal, se fez saber da engenhosidade dele. E ninguém nunca viu, ninguém nunca sentiu, porém ninguém tinha dúvidas. Três mancebos partiram em busca da verdade, já bem longe e cheios de si adentraram a mata densa onde a fauna e a flora os saudavam e lhe davam os pêsames. Tudo foi muito bem arquitetado deveras. E assim foi.
Depois de tudo alcançaram uma clareira, lá estavam dispostas grandes quantias em sacos de pano amarrados com barbante e baús de pratarias antigas mas ainda valendo muitas recompensas. Tudo ali, como que escondido por alguém outrora, em tempos de perseguição e/ou assalto de consciência. E não tiveram dúvidas. Rapidamente deliberaram um a regressar ao povoado dando-lhes as boas novas, incubiram-no também de trazer da melhor cachaça, para que se deleitassem e festejassem seu novo estado.
Nunca talvez alguém se aproximou mais do que convencionou-se chamar de felicidade. O brilho nos olhos era tão intenso, o ritmo cordial a certeza do triunfo, o sorriso nos lábios... Afinal o desafio fora vencido e absolutamente nada tinha sido feito. Mas como?
Durante o regresso veio o coisa ruim ter com ele no mundo da mente. Pensou ia levar a cachaça sim mas devia de por veneno pra acabar de uma vez com a raça daqueles patifes sem vergonha. 'Tá pensando!? Como que eles delegam tarefa daquela pra um home feito que nem ele? Vai buscar, como se fosse empregado à sua livre serventia e não servia de mais nada. Na certa, iam fazer conceição e acertar tudo entre eles ficando ele sobrando com a menor parte. E assim o fez. Lá enquanto os dois faziam as repartições, tudo foi preparado para o receber, e assim o fizeram. Cada qual o puxou de um lado, e riram, e cantaram, e dançaram e foram muito felizes. Até que um o puxou de jeito e o outro após derrubá-lo no chão o golpeou na cabeça com força, e o atingiram de novo, e o mataram, para felicidade geral. Tudo seria uma festa. Riquezas, belezas e martírios, aos colonos diriam que o jovem perdeu a vida lutando em nome da amizade que os unia até minutos atrás. O corpo sem vida jazia ali e ali ficaria para ser esquecido. Viram quando a negra morte dele se apoderou e o levou para as sombras e para o reino da escura noite. Depois tiveram a idéia. "Ergo bibamus" tal qual disse Dioclecianus, imperador romano, caíram duros ao sentir o sabor do veneno ali colocado outrora pelo já defunto, se entreolharam e se arrependeram de tudo, mas já não havia mais tempo de nada, foram envoltos pelo laço do diabo. Eis tudo.

Fígaro!

Começa hoje a vai até domingo a encenação da ópera "O barbeiro de Sevilha" de Gioaccino Rossini. As apresentações acontecem sempre às 20:30. Quem não se lembra do pernalonga cortando o cabelo e a barba do Hortelino (com um cortadorzinho de grama em miniatura!) e, no final, casando com ele? Pois é, essa ópera foi parodiada por vários diretores e roteiristas em diversos programas, se bobear dá para cantar junto durante todo o espetáculo. Os ingressos custam vinte reais. O Teatro São Pedro fica a dois quarteirões da estação Marechal Deodoro do metrô. Mais informações podem ser obtidas em http://www.apaacultural.org.br/saopedro/espetaculo_interna.php?id_esp=1401

Mensagemn publicitária: doe sangue!

Um homem na chuva

Já estava muito tempo ali naquele suplício, só então resolvi me zangar. Estava eu no ponto feito um pinto molhado, todo encolhido. Havia um enorme rombo na cobertura, fazendo de uma goteira uma bela cachoeira, as pessoas unidas se protegiam como dava. Como a condução não viesse, eu já dizia cobras e lagartos em meu pensamento. Um camarada vem até mim assustado e me pede um trocado para inteirar a passagem, comovido que sou contribuo na hora sem pensar. Não estava agasalhado e as vestes eram humildes, mas tinha decência. A chuva não parava de jeito nenhum. Eu já estava quase derretendo de desespero quando reparei que o sujeito se mantinha firme na empreitada, tendo abordado todos e já pelos meus cálculos devia ter o triplo do valor necessário para a tarifa. Passei a encará-lo, ao que ele percebeu, olhou-me com espanto e desviou o olhar. Muito tempo depois, quando eu já cogitava a hipótese de assassinato de todos os motoristas de ônibus, o filho de deus continuava a pedir, agora mais moderado. Indignado mas contido fui até ele e perguntei-lhe gentilmente:
- Meu bom homem, o senhor já não acha que conseguiu o bastante para a passagem do ônibus?
E ele desconversando:
- Vou de táxi!
Acabou de falar, deu um pulo por cima da poça que se formara defronte ao ponto, estendeu o braço e gritou:
- Táxi! Táxi!
O carro encostou, ele entrou e foi embora.
Sacripantas. Pensei.

O Baronato de Shoah no Steambook!

Você já conhece o steambook, né?
A Rede social Steampunk, muito bem feita e criativa das Lodges. Então agora o Baronato tem comunidade lá na rede.

Dá uma conferida em O Baronato de Shoah no Steambook

eu pretendia passar o blog para lá, mas não sei se dá pra fazer sem perder esse aqui e suas postagens. Alguém tem alguma ideia? o outro é do Wordpress.

Um pouco sobre o Baronato

Nordara é o continente principal onde se passam as histórias do Baronato de Shoah.
Antigamente dividida em diversos reinos menores, ela era dominada pelos Titãs, criaturas de imenso poder que representavam as forças da Natureza. Com isso, a humanidade era fraca e submissa.
A este período convencionou-se chamar “Idade Média”, o termo, cunhado pelos próprios Titãs, referia-se ao poder que Míder tinha nesta época. Este Míder era um Titã que se revoltara contra seus irmãos e fora preso em um cárcere entre o mundo dos vivos e dos mortos.
Com o nascimento de Shoah, o Messias humano, os Titãs foram derrubados. A humanidade aprendeu a utilizar a Nebeldumpf –Névoa do Vapor – e criou toda uma incrível tecnologia capaz de derrubar a Magia dos Titãs.
Entenda, até então o único poder espalhado pelo mundo era o poder Mágico dos Titãs, que nunca se adaptou direito aos humanos por fazer parte das forças primordiais da natureza. Com o advento da Névoa do Vapor boa parte da magia se tornou obsoleta e foi vencida.
Shoah e seus Seguidores (os líderes de cada Sephirah da Kabalah) aprisionaram os Titãs no mesmo cárcere onde os Titãs haviam aprisionado Míder. Seus reinos foram unidos em reinos maiores, considerados Impérios e divididos entre os humanos.
Mais tarde Shoah formaria com seus Seguidores o Quinto Império, com base em Desdalain. Nesta cidade o Messias faleceu e em sua homenagem ergueu-se o Templo de Shoah, com um enorme obelisco negro ao centro e outros dez obeliscos menores ao seu redor, em honra aos libertadores dos homens.

Conto original?

Bom, fica a í a dica do fim de semana. O conto que serviu de estopim para o Baronato de Shoah.
Coloquei o nome "kaleck" por que o conto nunca recebeu um nome. Mais explicações na introdução.

De quebra, o link para o primeiro capítulo do Baronato de Shoah.




o conto denominado Kaleck

A Fada e o Dragão - capítulo 1 do Baronato - A Fada e o Dragão


Abraços Vaporosos! (essa ficou estranha...)

Contos do Baronato

Aproveitando ideias dos amigos Eric Novello, Rober Pinheiro e Juliano Sasseron, lá no Bardo Batata, resolvi criar alguns contos para o Baronato.
Inicialmente vou revisar rascunhos de capítulos que tinha aqui e não vou mais aproveitar, espero que gostem desta nova empreitada e aproveitem ao máximo, assim como aproveitarei.

Os contos serão divulgados pelo twitter: @baronatodeshoah e pelo @joserobertov , quem gostar e quiser RTt, fique à vontade! Os arquivos ficarão no Recanto das Letras e terão formato PDF.

Acho que é isso.
Cuidem-se!

Convite pestilento!

tá aí!

Geisy já está se tornando uma "celebridade". Onde vamos parar? Oh deus! Me leva deste mundo! desisto!


http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u651339.shtml
Ainda vou chamar um amigo meu e dar uma arma pra ele, aí vamos ver se o cara consegue entrar no banco armado.
Infelizmente esse tipo de coisa acontece, Racismo ainda faz parte da nossa sociedade. Fica aí o vídeo, que é mais um Tapa na cara.
Conheça o manifesto.

Décimo Novembro Negro

" X NOVEMBRO NEGRO - OSASCO"

Direção Geral: Tiago Barony

Você não pode perder...


GRANDE EVENTO EM COMEMORAÇÃO AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


Diversas atrações com:

Berimbaladas, Aulão de Capoeira, Abertura e LANÇAMENTO Oficial do Samba enredo 2010 da Escola de Samba "Mocidade Acadêmica SAI FA FRENTE, Cantora Systa Dany Black, Grupo Mahasin (Dança), Presença da corte das Mulatas Rainhas e Madrinhas de Bateria de diversas escolas, Grupo Soul Rapaziada (Black Music), Corrente da Negritude (Teatro), Desfile Afro, Grupo Cultural Afro II, Afro show (Ritmos Afro), Oficina de Tranças com a melhor equipe Afro da Cidade - Equipe ZELMA TRANÇAS, Black Malucos (Musical - Teatro), Grupo LA FAMÍLIA (Black Soul)...E MUITO MAIS!


DIA 20 DE NOVEMBRO ÁPARTIR DAS 09:00 Horas

Calçadão Antônio Agú, S/N - Em frente ao Shopping Galeria e Osasco Plaza Shopping


Haverá sorteios de Kit´s de Beleza, Cursos profissionalizantes e muito mais!

REALIZAÇÃO:

Coordenadoria da Mulher e Promoção da Igualdade Racial

e

Núcleo Cultural Realeza Brasil

eDUCASSÃO & jUSTIÇA

Dedico nesta semana algumas linhas à bola da vez. Fiquei revoltado com o caso da bendita “estudante” (será mesmo?) lá de São Bernardo. À medida que novos fatos foram acontecendo, mudei um pouco de opinião mas em essência ainda defendo convicto que a digníssima pode não ser puta, mas comportou-se como tal. Fico com pena do baixo nível intelectual dos "universitários" fazedores de algazarra. Essa nobre senhorita também se veste com tamanha vulgaridade ao ir à igreja, ao trabalhar, num velório ou numa entrevista? A Infeliz aluna fez por merecer os insultos. Cabe ressaltar que quem participou da baderna não eram alunos e sim trogloditas imbecis. Faculdade é lugar de estudar, que desrespeito à figura do professor! Toda mulher tem o direito de se sentir bonita e desejada usando as roupas que preferir, entretanto falo mesmo em nome da moral e dos "bons costumes" que ela errou. Se é baladeira, tem corpinho malhadinho porque faz a academia da moda ou é promíscua, ninguém tem nada com isso mas tenho o direito de me indignar com o fato de ela escolher uma instituição de ensino para exibir esse tipo de "qualificação". Quer mostrar que é gostosa? Vai pra rua! Por mais que sejamos ateus, sabemos que igreja é lugar de moderação e respeito, se vamos a um velório o procedimento é o mesmo em respeito ao falecido. Para cada situação há, além da vestimenta adequada, uma série de outros comportamentos desejáveis e reconhecidos socialmente como corretos. Por que o descaso com o professor? Ele não merece respeito? Na sala de aula vale tudo?

Geisy tem razão quando questiona a faculdade não ter barrado sua entrada, uma vez que sua roupa fosse inadequada. A “Unitaliban” (adorei!), como agora é conhecida demonstrou despreparo para lidar com a polêmica e optou pelo mais fácil: culpar e punir a vítima. E os monstros flagrados nas tantas imagens participando da santa inquisição ficaram impunes? A Instituição soltou uma nota nos jornais onde afirma que os alunos se exaltaram “em defesa do ambiente escolar” Cretinice! Então um bando de bobocas aparvalhados a gritar palavrões, jogar papéis, subir nas paredes para tentar filmar a menina na sala é defender o ambiente escolar? Belo ambiente! Outra bola fora: culpou a menina por ter feito um percurso maior que o habitual, aumentando sua exposição. Geisy se defende argumentando que o primeiro banheiro para o qual se dirigiu estava em obras e, portanto, fechado. A faculdade calou-se.

A nota afirma ainda que a aluna teria sido advertida várias vezes quanto ao uso de roupas inadequadas, pergunta-se: ela recebeu advertências por escrito? Se não, juridicamente a faculdade se lasca mais ainda ao sustentar uma afirmação que não pode provar. A Uniban acusa Geisy de contribuir com o tumulto e posar para fotos. A jovem de vinte anos, indignada, responde furiosa: “é mentira! Quem tiver qualquer foto minha onde estou posando que as mostre!” Está tudo na Folha de domingo.

Revogar a decisão e permitir que Geisy voltasse às aulas foi a gota d’água que revelou como seu conselho acadêmico é atrapalhado e incapaz de solucionar conflitos de forma sensata, civilizada e, acima de tudo, justa. Tenho minhas dúvidas se os professores dos cursos de psicologia, pedagogia e filosofia foram ouvidos. Creio que ela não volte mais às aulas naquela instituição, vai precisar de seguranças, vai chamar atenção, o trauma está criado. Viram a repercussão dos fatos, apavoraram-se quando o MEC* os convidou a dar explicações, perderam o fôlego com a abertura de inquérito policial, ficaram com medo de perder uma grana no processo movido contra ela (alguém duvida de que esse processo pode passar dos 300 mil chutando baixo?) e, claro, recuaram. Geisy, apesar de traumatizada, deve estar feliz: entrevista no Fantástico, entrevista no Domingo Espetacular, capa dos jornais, não me admira se for a próxima BBB. Expulsar foi demais, agora uma coisa é certa. Falta respeito ao ambiente e às instituições. A esculhambação no Brasil é generalizada. Alguém entra de minissaia num tribunal? Alguém já moveu um processo contra a própria justiça, que proíbe um humilde trabalhador do campo de entrar numa audiência vestindo bermuda, chinelos e uma camisa velha e rasgada, as únicas roupas que ele tem, em nome do respeito à Justiça, para ouvir a sentença de absolvição do rapaz de classe média alta que atropelou e matou seus cinco filhos ao dirigir embriagado? Quase um ano depois de eleito, um prefeito é flagrado recebendo propina e nega mesmo diante do repórter afirmar ter as imagens! Você acredita nisso? O advogado do prefeito alega que “na verdade” era uma dívida que o prefeito estava cobrando. O empresário extorquido afirma que jamais tivera qualquer dívida com o prefeito, cujo advogado nunca é encontrado para falar, pois é: justiça envergonha. Não vamos fazer nada? Tem aquele outro que atropelou cinco pessoas e matou duas, recusou-se a fazer exame de sangue para medir a dosagem alcoólica no sangue pois alegou safada e malandramente ter medo de agulha, devem ter jogado os bafômetros fora...

*MEC: outro que inopera! O órgão suspendeu o pedido de explicações feito à universidade pela expulsão da aluna. Na fraude do ENADE, em que a polícia encontrou caixas de provas sendo transportadas sem lacre, nada fez. Inep, Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular e Sindicato das Mantenedoras de São Paulo foram deixados falando sozinhos. Em Brasília, um aluno saiu do local da prova levando consigo o caderno de questões passados quinze minutos do início do exame. Equipado com um megafone, leu para os demais que ainda estavam em sala as respostas.

E para descontrair, diz que um engenheiro lá da hidrelétrica precisou sair mais cedo pois era aniversário de casamento e tinha um jantar com a mulher, que não parava de dar chilique porque ele nunca lembrava de datas. Ao sair, bastante apressado, disse ao estagiário: “quando sair, apaga tudo”

Deu no que deu.

Sejam felizes.

Uma promoção do fundo da alma!

Promoção relampago Alma e Sangue e Revista Atrevida.

Promoção relampago Alma e Sangue, O Império dos vampiros.
O livro Alma e Sangue,O Imério dos Vampiros em 12º lugar em vendas na Saraiva.Vamos comemorar. http://migre.me/b8gr

Amanhã é dia de lançamento série Alma e Sangue dia 12/11 Patio paulista Saraiva 19hs!

Participe da promoção e leve o seu!Não fique de fora.

http://revistaatrevida.blog.uol.com.br/

Beijos mordidos.


Nazarethe Fonseca

Metamorfose- A Fùria dos Lobisomens

Besouro, o filme



Depois de Tropa de Elite, o filme brazuca "Besouro" foi, provavelmente, um dos mais comentados pela internet. eu até sigo o blog do filme pelo twitter e assisti todos os trailers disponíveis por aí.

Bom, o que me venderam foi um filme de ação, repleto de capoeristas-voadores (ao estilo Jet-Li) e referências histórico-culturais. Era isso, ia aprender história do Brasil vendo escravos darem porrada em senhores de engenho.
O que ganhei?
Um filme artistico, e, de novo, o cinema nacional me decepcionou.
Por quê?
Ah, cara, todo mundo sabe que nosso cinema (e música) é permeado por um esquerdismo meio amalucado, tudo aquilo que é produzido no cinema é artistico, contemplativo, bonito de se ver.
É, legal, exato. Mas o que eu queria NESSE filme era um Capitão Nascimento de cordão e atabaque! Foi ISSO que me venderam nos trailers!

Não vou tirar o mérito do filme, ele é lindo, mágico, com fotografia excelente. Mas peca por insistir no mercado de filmes brasileiros que nós JÁ conhecemos.

O filme começa tentando te levar para a ação, com uma história de vingança e luta pela liberdade. Muito legal! Sério! Você se envolve com o BEsouro - capoerista bom, arrogante e muito próximo a um herói grego , cujo destino está ligado à desgraça.

Aí, quando a ação começa, ela desbanca pra umas cenas lindas envolvendo filosofia, mitologia afro-brasileira, racismo e historia. Só que o filme não precisava PARAR para que isso acontecesse, e, infelizmente, até o fim.
O filme simplesmente "congela" em imagens de nossa fauna e flora, em ensinamentos do Mestre Alípio e em eventos da sociedade local. Aí, quando a história volta para os personagens, você não consegue se prender a eles, não consegue sofrer (exceto no caso do capitão do mato, que é o melhor ator do filme!)

Bom, acho que é isso, fica a í a dica: Besouro não é um filme de ação, é "mais do mesmo" com excelentes trechos (eu cochilei em dois momentos, do "sapo" e outro não lembro) e enredo mal-aproveitado. Dava pra fazer um filme de ação, envolvendo até a traição de outro capoerista e uma luta épica entre ele e Besouro. Mas não, opta-se por mostrar cachoeiras e rios e o significado da vida.

Eu queria, realmente, o BEsouro e seus companheiros lutando contra 50 escravagistas...voando e pulando feito chineses.

Show da Banda Psycho Perverts

Estreiando numa Sexta-Feira 13, no Café De La Rose, no bairro da Santa Cecília. Uma noite regada a rock clássico, para espantar o azar!

Te vejo lá
Ingressos: R$10
Horário: 20:00


Onde?
R. Amaral Gurgel, 48 - Consolação São Paulo - SP, 01221-000


**Os dez primeiros a chegarem no café ganham uma caipirinha de graça!

Riese, the series

Riese, uma série steampunk que você pode acompanhar pela internet e no youtube. Quem me passou a dica foi o Karl do Conselho Steampunk. Aqui vai o trailer, ainda vou assistir ao primeiro episódio e comento aqui depois.
ficou desproporcional com a tela, por que optei por colocar em tamanho maior no blog.

convites diversos

O cigarro te ajuda a fazer amigos

Vamos agora falar sobre o cigarro. Confesso que já fumei algumas vezes na minha vida e, sabe? É uma sensação diferente, um prazer envergonhado, mas ainda prazer. Ver a cortina de fumaça subindo pela sua cabeça, seu pulmão se esvaziando e aquele gosto de madeira queimada (diferente de carvão) na boca –dependendo do que você está fumando. Policiei-me durante tantos anos e martelei na cabeça que isso é sem futuro, no que dou razão a mim mesmo. Agora, por mais mórbido que seja esta forma de suicidar-se, não posso deixar de relatar uma interessante constatação. O título deste texto parece direcionado aos inseguros, medrosos, covardes e mesmo os tímidos, mas não. É incrível como passamos despercebidos pela rua. As pessoas não se importam umas com as outras e ninguém quer saber quem é você. A gente estuda, trabalha, luta pra ser reconhecido e apreender alguma coisa dos livros mas só recebe desprezo das pessoas de quem mais gostamos. Nesse contexto, o cigarro torna-se um excelente amigo, tal qual a bebida. Reclamar é fácil, entender o outro ninguém quer. Mas eu dizia que as pessoas são fechadas, repare num ônibus que acaba de partir. São poucos os passageiros mas eles querem cada um um banco para se sentirem poderosos, evitando o contado com os demais. Cada um ocupa um assento e ninguém quer sentar com ninguém. Já não se conversa como antes, e se alguém ousa cantarolar uma melodia, por mais animada que seja, será o chato ou louco que não deixa ninguém em paz. Se você anda pelas ruas da cidade com alguma frequência, saberá que ninguém se importa com você.

Até que acenda um cigarro.

Parece mágica, você anda ruas e avenidas, dobra mil esquinas e atravessa dezenas e dezenas de quarteirões, as pessoas sequer olham no seu rosto. Acenda um cigarro e verá que elas passam a sorrir pra você. Umas te pedem fogo, outras gentilmente demandam as horas, alguém vem perguntar se determinada condução passa ali. Um desconhecido pode até mesmo cumprimentá-lo com um alegre “bom dia!”. Claro, não falta o folgado querendo estragar o seu barato e se bacanear às suas custas. Vem amistoso e com sorriso de gerente de banco, desses que fingem educação mas que só querem saber quanto você vai investir nesses fundos obscuros, pede-lhe um cigarro. Vai plantar batatas! Some daqui!

Embora seja um péssimo hábito para o organismo. Entendo e não condeno quem fuma. Conheço gente que não fuma mas devora duas caixas de chocolates por semana. Há aqueles que, em vez de adotarem uma dieta saudável, aliada a exercícios, se entregam aos prazeres da carne e não perdem um bom churrasco, afinal “deus sabe a hora de cada um” não é mesmo? Tem horas em que não se quer comer, não se quer ouvir, não se quer beijar, sequer se quer viver, nada como um bom cigarro, um bom vinho ou uma boa cerveja, Pink Floyd acompanha.

Tolices.

Mas tolices deliciosas. Capazes de provocar o mais belo e puro êxtase na alma de maníacos depressivos e psicopatas, ou de metidos a escritores e intelectuais como é o meu caso.

Olhando para o lado pragmático, não é curioso o próprio rótulo de um produto conter um pedido para que você não o consuma? Numa análise superficial, fumar parece um ato irracional. Entrando no psicológico do sujeito vamos achar lá uma meia dúzia de traumas, algumas fobias, três ou quatro disfunções hormonais. Paciência... cada um tem o seu jeito. Eu nunca consegui me livrar do vício de roer unhas e destruir os dedos apenas com os dentes. Dói, sai sangue e a cicatrização leva meses. Não adianta, se eu me irritar ou ficar apreensivo, levo mais uma vez os dedos à boca e, quando vejo, já é tarde. E nem venha pensar que você é normalzinho... somos todos péssimos produtos do sistema. É fácil amar o próximo quando o próximo é limpinho como eu e você. Se tiver carro, curso superior e curtir cerveja nem se fala! Já o camarada que mora na rua, come dia sim dia não e não e só se banha quando chove, esse é mais difícil não é verdade? Pra ele a única coisa que resta é o seu inocente e companheiro cigarrinho. Se esse mundão velho tivesse um pouco mais de amor, as pessoas talvez não precisassem fugir da realidade com cigarro, bebidas, jogos, música, arte, deus...

Cada um se ilude como pode.

Daria com prazer o maço inteiro se alguém chegasse pra mim e falasse assim “há dias que não como, e semana que não escarro. Amigo, dá um cigarro?”

Seja feliz. Ao menos tente.

Novidades?

Bom, o livro conta com quase 114 páginas. Isso é uma vitória, afinal, quantas pessoas vocÊs não conhecem que não conseguem terminar seus escritos?

Vou preparar, para sexta ou sábado, um pouco das descrições da Kabalah e de cada Sephirah (no plural, Sephiroth). Provavelmente falarei daqueles que já apareceram na introdução do livro e no capítulo 1: os Arur, os Mashiyrra e os Kohanim.

Convite - Imaginários